quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O Rio Grande do Sul já foi um país independente?


A Casa das Sete Mulheres foi uma minisérie produzida pela Rede Globo no ano de 2003. Devido ao grande sucesso foi exibida novamente em 2007.

A história baseia-se no livro de mesmo nome da escritora gaúcha Letícia Wierzchowski, que por sua vez, baseou-se na Revolução Farroupilha para compor seu livro que une ficção e realidade.

Para os telecartofilistas, a Brasil Telecom lançou uma série de 22 cartões com imagens dos atores e cenas da minisérie. A emissão é de março de 2003 e a tiragem é de 110.000 cartões.

Dia 20 de setembro é feriado estadual no Rio Grande do Sul. A data está na bandeira do Estado juntamente com o título República Riograndense.

Afirmar que o Rio Grande do Sul chegou a ser uma república organizada independente do Brasil seria exagero. Mas realmente existiu um governo separatista que resistiu durante quase dez anos em uma sangrenta guerra contra o Império do Brasil.

Em 1835 a revolta eclodiu. Liderados por Bento Gonçalves, Davi Canabarro, Bento Manoel Ribeiro, e contando com a participação do italiano José Garibaldi, os revoltosos tomaram Porto Alegre. Com a ajuda das "companhias de guerrilhas", organizadas pelos estancieiros, o movimento estendeu-se por toda a Província.

Os farrapos conseguiram algumas vitórias, até que, em 1836, as forças imperiais conseguiram retomar Porto Alegre. No mesmo ano, Bento Gonçalves foi preso e enviado para a Bahia (Forte do Mar). O comando dos farrapos passou para José Gomes de Vasconcelos Jardim.

Em setembro de 1837, Bento Gonçalves conseguiu fugir da prisão, ao que parece com a ajuda dos maçons, embarcando para Buenos Aires de onde voltou para o Rio Grande do Sul, reassumindo o comando rebelde.

Em 1838 foi proclamada a República de Piratini, ou Rio-Grandense. Através de manifestos, o Governo da nova República esclarecia as razões do movimento, e atacava diretamente "a corte viciosa e corrompida".

Em 1839, a revolta atingiu a Província de Santa Catarina, onde os rebeldes tomaram Laguna, e proclamaram a República Juliana. Foi em Santa Catarina, nesse mesmo ano, que Garibaldi conheceu sua mulher, a brasileira Ana Maria de Jesus Ribeiro, chamada de Anita Garibaldi.

Anita, heroína brasileira, teve participação ativa ao lado de Garibaldi e, em 1848, quando o marido voltou para a Itália, ela o acompanhou e lutou junto com ele pela Unificação Italiana.

Com o Golpe da Maioridade, que deu início ao Governo pessoal de D. Pedro II, em 1840, o Governo concedeu anistia aos presos políticos do Período Regencial. Os rebeldes gaúchos não a aceitaram e continuaram a luta.

Eles não queriam a separação da Província do resto do Império, o que causaria a perda do mercado interno do charque, formado pelas outras Províncias, principalmente as do Centro-Sul. Defendendo idéias federalistas, procuravam na verdade preservar sua autonomia política e administrativa e seus interesses econômicos.

Em 1842, Luís Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias, que acabara de esmagar a Balaiada, foi nomeado presidente e chefe militar da Província do Rio Grande do Sul. Iniciando a chamada política de pacificação, Caxias com o apoio de Bento Manoel Ribeiro, antigo líder dos farrapos, aproveitou-se das divisões entre os rebeldes para fazer acordos em separado com seu chefes. Além disso, conseguiu impedir que os farroupilhas continuassem a receber armamentos vindos do Uruguai.

Em 1845 Caxias firmou com Davi Canabarro a Paz do Ponche Verde. Encerrava-se a Revolta dos Farrapos.

O acordo de paz foi muito vantajoso para os farroupilhas: anistia aos revoltosos; integração dos oficiais rebeldes ao Exército Imperial com suas patentes; liberdade para os escravos que haviam participado da guerra; taxação sobre o charque platino importado; pagamento pelo Império das dívidas da guerra e indicação pelos farrapos do presidente de sua Província.

Ao contrário do que ocorrera em outras Províncias, o tratamento dispensado aos rebeldes do Sul foi bastante diferente. O Governo mais negociou e cedeu do que reprimiu. Afinal de contas, os farrapos não deixavam de fazer parte da "boa sociedade".

Embora o movimento não tenha realizado a federação, consolidou o poder dos estancieiros no Sul.

Ainda em 1845, D. Pedro II visitou o Rio Grande do Sul, concretizando a reaproximação entre os membros da "boa sociedade", os que governavam a casa - as estâncias - e o Estado - o Governo. Luís Alves de Lima e Silva foi eleito senador pela Província, recebendo o título de Conde de Caxias.

Duque de Caxias, como é mais conhecido, tornou-se o único Duque do Império do Brasil em 1869 por seus serviços prestados nas guerras, sendo a última a Guerra do Paraguai.

Fonte: http://www.multirio.rj.gov.br/historia

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2 comentários:

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