Oi quer comprar Brasil Telecom

A idéia não é nova. Há muito tempo existem negociações entre o grupo Telemar/Oi e a Brasil Telecom. Difícil era chegar a um acordo. A Brasil Telecom sempre teve muita disputa entre seus sócios pelo controle dos rumos da empresa. E grandes empresas possuem vários sócios, que nem sempre concordam entre si.

Para entender o caso é preciso saber quem são os sócios de cada empresa:

Os sócios da Brasil Telecom são o Banco Opportunity (de Daniel Dantas), o Citybank, a Telecom Itália e os fundos de pensão (Sistel, Telos, Funcef, Petros e Previ).

Os sócios da Oi são La Fonte Telecom (de Carlos Jereissati), AG Telecom (Andrade Gutierrez), Asseca (GP Investimentos), o BNDES e fundos de investimento (Fiago, Banco do Brasil e Sul América).

De acordo com a Revista Veja, depois de dois meses de negociações, o grupo Telemar/Oi teria fechado na segunda-feira à noite, dia 7 de janeiro, a compra da Brasil Telecom. O preço acertado seria 4,8 bilhões de reais pelo controle da empresa.

A nova super operadora terá dois controladores: Andrade Gutierrez, do empresário Sérgio Andrade, e La Fonte, de Carlos Jereissati. O BNDES financiaria parte do negócio. A GP, uma das atuais controladoras da Telemar, sai da empresa. E o Citibank deixa a Brasil Telecom.

O acerto estaria feito. Agora, é necessário que seja alterada a lei que regulamenta as telecomunicações para que a transação seja concluída - e isso acontecerá ainda este mês. Pela legislação em vigor, a compra não é permitida. Mas a ordem para a alteração na lei já foi transmitida pelo Palácio do Planalto que, no último trimestre do ano passado, deu o sinal verde para que o negócio fosse tocado.

A idéia é que seja criada uma grande empresa de telefonia de capital nacional para competir com os espanhóis (Telefonica e Vivo) e mexicanos (Claro e Embratel). E o projeto do governo vai mais longe: futuramente quer uma empresa brasileira de telecomunicação ampliando sua atuação para os países vizinhos da América do Sul.

Quem acompanha grandes negócios na Bolsa de Valores sabe que mudam os nomes e os donos, mas a empresa continua quase a mesma coisa. Ou seja, não espero grandes mudanças para o consumidor além do rumo já traçado pelas antigas empresas.

Espero que alguma das empresas lembre como eram apreciados os cartões telefônicos emitidos para os colecionadores há alguns anos atrás e volte a investir na telecartofilia.

Telecartofilia é cultura! Colecione cartões telefônicos.

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